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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Entrevista com o Prof. Dr. Odery Ramos - Coordenador do Projeto Jovem Gastro



Entrevista com o Prof. Dr. Odery Ramos 

Nosso primeiro entrevistado é o Professor Doutor Odery Ramos Júnior, mentor e coordenador do Projeto Jovem Gastro (PJG). A seguir, ele nos conta como nasceu esta idéia, e nos mostra, de maneira inspiradora, a importância dos Jovens na Federação Brasileira de Gastroenterologia.

- Como nasceu a idéia do Projeto Jovem Gastroenterologista (PJG)?

O Projeto Jovem Gastro surgiu de preocupações com a qualidade da formação profissional, dificuldades do mercado de trabalho e o necessário incentivo à consciência associativa do jovem especialista. Originado no âmbito da Sociedade de Gastroenterologia do Paraná, e com excelente repercussão local, inspirou ações nacionais alinhadas à idéia, tal como a substancial plataforma do Dr. Jaime Eisig para revitalizar a Federação Brasileira de Gastroenterologia.
- Por que, em sua opinião, o jovem gastroenterologista precisa fazer parte da Federação Brasileira? 

Justo pelos desafios que atingem a cada indivíduo e com maior intensidade ao jovem especialista, sem distinção do local em que atue. O jovem deve compreender como é imprescindível engajar-se na chamada “consciência associativa”, por meio da qual alcança investir no futuro profissional, mas com repercussões coletivas ao embasar a modernização da Federação. O projeto é sem fronteiras, liderado pelo atual presidente da FBG, Dr. Jaime Eisig, contando com o apoio de todos os presidentes das federadas nacionais e serviços de formação em gastroenterologia, que tem como objetivo a participação empreendedora, científica e administrativa do jovem especialista, que só lhe traz benefícios e valorização.
- Por que se criou um site específico para o jovem na internet diferente da FBG?

Na realidade, a rede mundial de comunicação, que é a internet, não admite a separação sugerida. A partir do Portal da FBG é viável o acesso à página. Porém o próprio Portal ao ser projetado previu este canal mais informal, para utilizar as melhores ferramentas de comunicação, informação e divulgação de oportunidades, por meio de linguagem específica direcionada ao perfil do médico residente. A multiplicidade de meios de comunicação e modos de dar ciência de acontecimentos é fenômeno com o qual estamos nos deparando todos os dias e o site específico integra este modo de comunicar.
- Qual o papel dos patrocinadores do projeto?

Os patrocinadores perderam o antigo modo de relacionamento com os profissionais da Medicina. Legalmente, passaram a ter que investir no desenvolvimento e viabilização de educação médica continuada, único modo de aproximação e divulgação de suas pesquisas. Ao integrar a pesquisa acadêmica à pesquisa institucional farmacêutica, esta nova política pública para a área científica agrega responsabilidade social aos projetos, o permanente aperfeiçoamento técnico e busca ativa de melhorias para a sociedade.
- O projeto jovem gastroenterologista pretende ser um complemento à formação dos programas de residência médica?

O projeto tem pretensões diferenciadas e paralelas aos programas de residência médica. Integrar é oferecer possibilidades alternativas de estágios, complemento de formação, mas não visa a suprir, substituir ou mesmo retirar a clássica fase de qualificação da residência médica. O projeto é facilitador do acesso ao conhecimento, tanto que entre as suas principais pretensões está a instituição de um Prêmio, possivelmente denominado “Jovem Gastro”, para estímulo à produção científica do residente.
- A maioria dos residentes está nos grandes centros urbanos da região sul e sudeste, mas existem serviços de localidades mais distantes que mantêm apenas um residente de cada ano. Como o projeto pretende atender aos anseios de jovens que vivenciam realidades tão distintas?

Conforme avaliado, existem desafios locais que distinguem os profissionais, contudo vários são os fatores que atingem a cada jovem especialista, sem distinção do local em que atue. Um jovem bacharel, recém-formado em 2009, é um jovem que se afirma profissionalmente quer seja em São Paulo, quer em Macapá. As dificuldades partilhadas pelos idênticos favorecem a construção ética do acesso igualitário às ferramentas de conhecimento e interligação proposta pelo Projeto. O presente e o futuro deste projeto são dinâmicos, não pertencem à Federação, são quando muito estimulados e organizados por ela, mas necessitam da construção colaborativa de todos. Não há melhor ou maior conhecimento: todo conhecimento é válido e deve ser partilhado.

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